segunda-feira, 25 de março de 2013

O MUNDO POR UM FIO


"Durante 50 anos, americanos e soviéticos trocaram acusações, ameaças e colocaram o mundo todo em alerta nuclear.


Assim que a Segunda Guerra terminou, a Europa estava destruída e duas jovens e superpoderosas nações surgiam: Estados Unidos e União Soviética. Aliados contra Hitler, a amizade entre as duas, no entanto, não durou muito e rapidamente as duas superpotências estavam em lados opostos do mundo. A separação irreconciliável veio a partir das negociações de retirada das tropas da Europa. Os soviéticos insistiam em manter sua influência nos territórios que haviam libertado, como Polônia, Romênia e Iuguslávia, e os americanos ergueram bases militares na Alemanha, Itália e Turquia. Em fevereiro de 1947, o presidente Harry Truman discursou no Congresso americano e disse que iria lutar sem tréguas contra a expansão comunista.
Começava a Guerra Fria, um duelo tenso, baseado na ameaça constante de um conflito entre as duas superpotências, que possuiam arsenais militares – incluindo armas atômicas – capazes de destruir o inimigo e, de quebra, levar todo o mundo junto. Assim, sentado sob um barril de megatons, o mundo viveu por mais de 50 anos, até o colapso da União Soviética em 1991.
“Com o fim da Guerra Fria e a abertura de documentos secretos nos Estados Unidos e na Rússia, o mundo ficou sabendo que as chances da guerra esquentar foram bem grandes”, diz o historiador John Modell, da Universidade de Carnegie Mellon, na Pensilvânia. Espionagem, generais malucos, bombas desaparecidas e computadores ruins quase levaram o mundo à destruição. “Os soviéticos declararam alertas nucleares 143 vezes, e entre os americanos, que têm um intrincado código de cores para classificar ameaças à segurança nacional, estima-se que o presidente pôs o dedo no gatilho pelo menos 20 vezes”, diz Modell, colaborador do Museu da Guerra Fria, com sede em Washington.
1951 - Macarthur na Coréia
Cinco anos depois de derrotar a Alemanha, os ex-aliados Estados Unidos e União Soviética meteram-se num conflito armado pelo controle da Coréia, que deixou cerca de 3,5 milhões de mortos, uma ameaça de guerra nuclear e, ao final, um sensível aumento nas hostilidades entre as duas potências. A península da Coréia se dividia em dois Estados: a República da Coréia, capitalista, no sul, e a República Popular Democrática da Coréia, comunista, no norte.
Em julho de 1950, o exército norte-coreano cruzou a fronteira e tomou Seul, a capital da Coréia do Sul. A ONU condenou o ataque e enviou forças, comandadas pelo general americano Douglas MacArthur, um herói da guerra contra os japoneses, para expulsar os invasores. Após cinco dias de guerra, os 70 mil soldados norte-coreanos são vencidos pelos 140 mil soldados das Nações Unidas e Seul é libertada.
O general MacArthur parte com as forças internacionais para a capital da Coréia do Norte, Piongiang, mas a China de Mao Tse-Tung reage, enviando 300 mil soldados para a Coréia do Norte. As forças da ONU são expulsas.
MacArthur insistiu na ampliação do conflito: pediu um ataque nuclear à China. Naquele tempo, o controle das armas não era atribuição exclusiva do presidente, e durante algumas semanas, muita gente acreditou que MacArthur iria atacar a China. As intenções do general repercutem em Moscou, e para acalmar os ânimos soviéticos, o presidente Harry Truman repreendeu publicamente o general. Mas MacArthur não se deu por vencido e enviou cartas aos congressistas americanos debochando do recuo frente ao avanço comunista. Antes que a situação saísse de controle, no entanto, Truman substituiu MacArthur pelo General Ridway, que iniciou as negociações de paz que resultaram num acordo assinado em 1953."
Fonte:http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/guerra-fria-mundo-fio-434017.shtml

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